A GRANDE RECONSTRUÇÃO
A grande capacidade para resolver os problemas demonstrada pelo Marquês após o terramoto, contribuiu para reforçar a confiança de D. José no seu ministro. Este tomou então uma série de medidas para melhorar a situação económica do País e fortalecer a política absolutista que já vinha do reinado anterior:
- protegeu a burguesia:
- promovendo o desenvolvimento da indústria;
- apoiando a formação de várias companhias de comércio às quais concedeu o monopólio da produção, transformação e venda de determinados produtos, retirando assim aos comerciantes estrangeiros os grandes lucros que obtinham.
- retirou privilégios à nobreza, reprimindo e até mesmo executando os que se opunham à sua política. Quanto ao clero, além de também lhe retirar privilégios, expulsou do País os Jesuítas.
O Marquês de Pombal tomou ainda várias medidas para reformar o ensino, que até aí estivera quase exclusivamente a cargo dos Jesuítas:
- criou por todo o País novas escolas de instrução primária;
- actualizou processos de ensino;
- fundou o Colégio dos Nobres (destinado a preparar os altos funcionários do Estado).
As reformas pombalinas, vistas no seu conjunto, contribuíram para a modernização do País; no entanto, graves problemas continuavam a existir no reino. Após a morte de D. José, sua filha D. Maria I demitiu o Marquês de Pombal, porque o considerava excessivamente autoritário e repressivo. Este foi processado e passou o resto da vida na sua quinta em Pombal, enquanto a sociedade se ia lentamente modificando, como irás ver no próximo ano.